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Alô Portugal, SIC Internacional, 4 de Dezembro de 2015

Reedição do guia turístico de Fernando Pessoa conta com cerca de 100 ilustrações originais

E se fosse nos dias de hoje, quem sabe, andaria Fernando Pessoa num tuk tuk a mostrar Lisboa aos turistas. Certo é, com o livro «Lisboa – O que o turista deve ver / What the tourist should see», o autor apresenta-se como um cicerone disponível para passear com o forasteiro pela capital. Escrito em 1925 e reeditado em 2015, a nova edição propõe uma reaproximação à realidade que a cidade oferece atualmente, um facto notório no trabalho gráfico.
A edição bilingue conta com a tradução por Pedro Cotrim e com cerca de 100 ilustrações originais e exclusivas por Mário Linhares. As ilustrações retratam tanto os monumentos como as vielas estreitas da cidade, tanto as personalidades de destaque como os famosos azulejos da cerâmica portuguesa, tanto as muitas vistas de Lisboa ao ar livre, como o interior magnânimo de salas grandiosas. Linhas pretas deixadas soltas no branco ou coloridas como aquarelas num diário gráfico de respeito.
A editora Centro Atlântico define o livro como: “Este guia de Lisboa que Fernando Pessoa deixou dactilografado em inglês, em 1925, é uma carta de amor à sua cidade”, e explica a edição: “Foi efetuado um trabalho apurado de consulta dos originais e de uma tradução integral muito cuidada. Foram acrescentadas notas que ajudam a diminuir a distância relativamente a alguns aspectos descritos no livro e que hoje já não se observam”. E este relato não poderia ser mais fiel à verdade, uma vez que chegando ao Museu dos Coches, no desenho figura o novo e moderno edifício branco.
Esta é uma oportunidade para o turista acompanhar-se de um grande lisboeta e orientar-se com os seus sábios conselhos, revendo a paisagem da cidade de uma outra perspetiva gráfica. Já se sabe que Fernando Pessoa é uma grande atração turística de Lisboa, comparece todos os dias e noites no café da Brasileira e em tantos outros cantos da cidade. Resta contemplar a sua omnipresença e assumir que está cada vez mais próximo de qualquer estrangeiro.

Charivari, 12 de Dezembro de 2015
 

A nova Lisboa de Pessoa
É uma exposição e um livro. 'Lisboa - o que o Turista Deve Ver' com desenhos de Mário Linhares
O primeiro desenho? Mário Linhares ri-se. Sabe a data de cor. Foi no dia em que nasceu o filho. "Fui às visitas no [hospital] São Francisco Xavier mas... as visitas acabaram. Já tinha o projeto aprovado pelo editor e pensei: e se começasse hoje?". Seguiu para Belém e desenhou a estátua de Afonso de Albuquerque. 17 de agosto de 2014. O Matias já fez um ano, o tempo que o pai se demorou a desenhar a Lisboa que Fernando Pessoa quis mostrar aos turistas em 1925 em Lisboa o que o Turista Deve ver.
Fez cem desenhos da cidade. Uma cidade a que os viajantes do tempo de Pessoa chegam por mar: "parece à distância, uma visão fantasmática de um sonho, recortada por um cristalino céu azul que o Sol abençoa com a sua aura", escreveu o poeta. "Pessoa fez um guia para turistas. Ele tinha [analisado] várias cidades da Europa e não percebia porque é que Lisboa sendo tão ou mais bonita não era referenciada", conta Mário Linhares. Professor de design, 35 anos, é o diretor internacional para a educação dos Urban Sketchers internacional. Já desenhara muito Lisboa mas, ainda assim, descobriu uma nova cidade: "Eu não conhecia esta Lisboa que ele descreve.
Podemos pensar que este guia tem cem anos e está datado. Mas não está. Continua atual."

Diário de Notícias, 28 de Novembro de 2015
 

Centro Atlântico edita o Guia de Lisboa escrito por Fernando Pessoa

O Centro Atlântico oferece uma prenda de Natal ao publicar «Lisboa - O Que o Turista Deve Ver , Lisbon - What the Tourist Should See», o famoso guia de Lisboa escrito em inglês por Fernando Pessoa. «Numa edição de luxo, bilingue, com cerca de 100 ilustrações exclusivas, a cores – algumas apresentadas em panorâmica de dupla página de perder o fôlego», refere a editora. As ilustrações são de Mário Linhares, com Pedro Cotrim a assumir a tradução. O lançamento decorre no novo edifício do Museu Nacional dos Coches no dia 27 de Novembro (sexta-feira), pelas 18h00.

Diário Digital, 25 de Novembro de 2015