COMENTÁRIO/NOTÍCIAS

500 anos de erros estratégicos
Depois da época dos Descobrimentos, as elites no poder nunca aproveitaram as melhores oportunidades estratégicas do momento, que teriam feito Portugal entrar no clube dos países mais desenvolvidos. O último erro foi a gestão da adesão ao euro.
Expresso, 13 de Setembro de 2014

Ser um país pequeno não quer dizer nada"

"Ser um país pequeno, como Portugal, não é razão para se estar excluído de nada. Os Descobrimentos provam isso, afirma ao Expresso Tessaleno Devezas, co-autor do livro «As lições dos Descobrimentos», em conjunto com Jorge Nascimento Rodrigues. A obra é lançada esta terça-feira no Instituto da Defesa Nacional, em Lisboa.

Segundo o professor da Universidade da Beira Interior, Portugal foi pioneiro da globalização nos séculos XV e XVI, tendo-se tornado uma potência global que se mostrou ao mundo com "grandes virtudes". "Foi muito importante a capacidade de inovação dos portugueses. Em termos de liderança, Portugal introduziu novidades não só técnicas, mas políticas que nortearam o processo de expansão e globalização", defende.

Para Tessaleno Devezas, é vital ter um objetivo norteador que leve o país a  seguir um caminho na direção certa. "Como explicamos no livro, é fundamental ter um intento estratégico, que não é nada mais do que uma motivação maior, uma meta que tem que ser bem delineada e que exige um planeamento", explica o autor.

Tão ou mais importante, defende Tessaleno Devezas, é a questão do "improviso organizacional", ou seja, à medida que vão aparecendo os obstáculos é preciso redefinir a estratégia.

Expresso, 15 de Abril de 2014