Paulo Bastos

Curriculum Vitae

Paulo Bastos nasceu em Lisboa, aos dezanove de Junho do ano de 1968.

Tinha dezasseis anos quando acordou para as coisas da comunicação e tentou lançar com um grupo de amigos, no Liceu de Oeiras, os alicerces de uma rádio local. Vivia-se então o boom das rádios piratas. E se no liceu os projectos se ficaram pela constituição de uma Secção Sonora, a animar umas quantas festas e convívios de forma regular, já cá fora se montavam emissores clandestinos e emissões experimentais. Rádio Cor Luz e Som, Rádio Miramar, Rádio Clube da Parede, Rádio Miramar… na linha de Cascais, como em todo o País, as emissoras proliferavam como cogumelos. E foi na Rádio Marginal que se descobriu apurado para um curso de jornalistas e animadores de rádio organizado pela TSF, Cooperativa de Profissionais de Rádio. Quando o curso resultou numa verdadeira rádio de cariz profissional - a TSF Rádio Jornal - estava entre os primeiros profissionais recrutados para a sua redacção. Data igualmente de 1988 o primeiro registo da sua carteira de jornalista, com o número 1745.

Prosseguir os estudos tornou-se difícil. Por mais de uma vez abandonou as salas de aula para acudir à necessidade de mais um repórter num directo; e foi assim que acabou por abandonar o curso de Relações Internacionais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, quedando-se pela frequência do 2º ano.

Acumula o dia-a-dia na rádio com o trabalho no semanário Tal & Qual, integrado no quadro de colaboradores permanentes. Por entre reportagens, aí faz também crítica de televisão; e colabora pontualmente com o Expresso e agências de publicidade. Durante cerca de um ano dorme menos de quatro horas por noite, mas ainda passa pela RTP, na reestruturação dos serviços de Meteorologia.

Em 1990 chegava a co-editor das manhãs noticiosas da TSF, horário nobre na mais ouvida das rádios portuguesas. De entremeio vai e volta à fronteira iraquiana, enviado especial na Guerra do Golfo - o que lhe vale mais uma colaboração na revista Grande Reportagem e um prémio Gazeta, em co-autoria, para A Melhor Reportagem de Rádio do Ano.

O grupo TSF aposta entretanto numa nova emissora de rádio, de âmbito específico, vocacionada para as classes mais jovens. Paulo Bastos é temporariamente requisitado para a novel NRJ - Rádio Energia, onde está presente desde a primeira hora como designer da estação. Oficialmente é o Coordenador de Informação da estação, mas participa activamente na selecção musical, organização interna, definição de estratégias, produção de jingles e até na selecção da publicidade a emitir. É o autor do Livro de Estilo da informação da estação. Em 1992 um programa de que é co-responsável ("Putos nos Iis") é indigitado para os prémios anuais do extinto semanário Se7e.

Parte entretanto em reportagem pelo Norte de África, numa expedição Marconi Lisboa-Bissau, de onde regressa um mês depois, fascinado pelo deserto do Sahara, que acabou de percorrer de lés-a-lés. Descobre-se promovido a Editor-Chefe da casa-mãe, a TSF - Rádio Jornal.

Mas o espaço televisivo acabava de ser liberalizado em Portugal; e em Junho de 1992 ingressa na redacção da RTP, na editoria de Geral & Sociedade, com trabalhos ocasionais como pivot.

Em Outubro de 1994 demite-se, para aderir ao projecto da Televisão Independente, debaixo das ordens de Artur Albarran, na definição do projecto Novo Jornal. Mais do que Informação, continua a passar grande parte do seu tempo fechado nas salas dos gráficos e da pós-produção, ajudando a conceber a linha estética do programa e assegurando o trabalho de promoção.

De caminho passa pelo primeiro projecto nacional de informação multimédia: o fanzine M24 está intimamente ligado à movida lisboeta e divide-se indistintamente pelos suportes de papel, áudio e vídeo - qualquer um deles distribuído gratuitamente nas noites de Lisboa e do Porto. O M24 serve entretanto de rampa de lançamento para o MAventura, dedicado aos desportos radicais e às viagens, e ao MSaúde, apostado na divulgação do tratamento, cuidados e prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.

É a partir daí que devora positivamente tudo o que lhe vem à mão sobre novas tecnologias de informação, imagem de síntese e realidade virtual. Ávido utilizador das BBS, descobre a Internet durante a frequência de uma bolsa de estudo nos EUA concedida pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. De então para cá, nunca mais se desligou da matéria.

Esteve presente no Congresso Internet'95, organizado pelo Centro Atlântico. Realizados sensivelmente na mesma altura, são seus os primeiros trabalhos de divulgação da Rede na televisão portuguesa, assinando uma série de dossiers Internet na TVI. É de resto o pioneiro na ligação da TVI à Internet: o primeiro endereço de e-mail da estação foi o seu próprio.

Em Maio de 1995 é convidado por Rui Marques a dirigir a primeira revista portuguesa dedicada ao fenómeno Internet (e actualmente a única em formato CD-ROM), onde se mantém agora a tempo inteiro.

A revista chama-se cyber.net. O Paulo tem 28 anos.

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